domingo, 30 de setembro de 2007

Egotrip de escritor...

Ok, vou usar esse título sempre que colocar um texto "autoral" por aqui... assim dá pra identificar mais fácil...

pois bem, dessa vez eu gostei mais da ideia que eu tive e resolvi desenvolver ela um pouco mais, então o texto vai sair em forma de partes, acho que serão 4, por enquanto só fiz a primeira. Então , agora além de ter a estória da viagem no viajandão, vou divulgar também uma novelinha de quatro capítulos hehehehe

aí vai a primeira parte, abraços! Ainda não tenho um título pra estória não...

Ah, tem também o post sobre o curso de budismo aí em baixo, pra quem ainda não viu!!
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Parte 1 - Da origem de tudo o que se passou nas próximas partes, ou simplesmente "Introdução".
Favor desconsiderar as heresias.

O começo de tudo foi uma crise conjugal. Mal tirou o pênis de dentro de sua esposa e o marido ficou um pouco agitado por um comentário qualquer por parte dela, e acabou começando uma briga feia. Grita prá lá, xinga de cá, mas o argumento final é sempre a força, e a disputa acabou quando o marido empurrou violentamente a mulher contra a parede, e ela bateu forte caindo no chão a chorar. Isso foi suficiente para encher o marido de sincero remorso e reconciliar a briga, mas o estrago já estava feito. Pra quem acha que isso vai ser apenas uma crise entre marido e mulher, recomendo que leiam os próximos parágrafos, já que eu mesmo não teria paciência de contar uma estória do tipo Um Lugar Chamado Nothing Hill.

Na verdade por hora não nos interessa como ficou a relação entre marido e mulher. Acontece que já se haviam passado alguns minutos, e a corrida dos espermatozóides estava chegando ao fim quando a confusão entre o casal chegava ao ápice. Os bichinhos já cercavam o óvulo aos montes naquele empurra empurra que dá pra ser imaginado pensando num estádio com um Cruzeiro e Atlético em alguns minutos, sendo que o público meio que sabe que só pode entrar uma pessoa! Eis que logo antes do empurrão acontecer, um dos guerreiros do macho penetrou a defesa e adentrou o óvulo, fundando a filha que viria em 9 meses.

Mas seriam duas filhas, gêmeas. O problema começou nisso, porque logo antes do empurrão ainda deu tempo dá primeira célula se dividir em duas, e além disso aconteceu também, sem ninguém saber porque, aquela divisão que separa essas duas células, e faz com que venham gêmeos idênticos. Só que quando veio o empurrão, a violência do choque contra a parede foi suficiente para fazer com que uma das células de uma das irmãs se rompesse. Voltando a ser somente uma célula e então uma pessoa pra nascer. Deu pra entender mais ou menos?

Entretando Deus, omnisciente que é, já sabia há muito tempo que viriam gêmeas, então já tinha despachado duas almas para as novas pessoas que viriam ao mundo. Ele sabia como era bom e relaxante o sexo que tinha criado, e então mesmo ele nunca podia imaginar que viria a sair uma pancadaria logo após uma saudável sequência de orgasmos, especialmente entre um casal que aparentemente se amava. Nem deu tempo de as almas alcançarem suas células e uma delas já tinha sido arrebentada. Deus percebeu que podia dar uma briga feia se tivesse que resolver qual das duas ia ter que entrar na fila pra nascer de novo, que estava demorando bastante nesses dias em que ninguém mais quer ter filhos a não ser os indianos. Aí, bastante orgulhoso, teve uma idéia que lhe pareceu Divina: ia enfiar as duas almas num corpo só.

Deus, na sua sabedoria suprema, cogitou infinitos aspectos da sua divina idéia e lhe pareceu que seria magnífico. Pra começar, o princípio de que a alma é semelhante ao corpo seria mantido, já que era uma mulher que ia usar as duas almas. Isso porque se ela pesasse 52, uma ia ter a certeza de que pesava 50 e a outra ia se sentir uma obesa com 55; 5 quilos eram mais que suficientes para diferenciar duas almas. Deus pensou também que tava muito difícil ensinar alguma coisa pras suas almas, que vinham, viviam, e voltavam do mesmo jeito, e algumas vezes até piores, sem nenhuma evolução no plano espiritual. Deus pensou que, se o experimento desse certo, poderia começar a colocar mais de uma alma em cada pessoa, e assim acelerar o aprendizado do enorme corpo de almas que tinha, e fazer do céu e do universo um lugar melhor mais rápido, sem ter que apelar pra mandar alguém pra fazer milagres denovo, já que não tinha dado muito certo da primeira vez.

Além disso, Deus sabia que o cérebro que tinha dado aos humanos era muito melhor do que eles ainda sabiam usar, e além disso sabia que ninguém tinha entendido muito bem como o cérebro funcionava, e como ele tinha certeza que sua invenção mais incrível daria conta do recado, decidiu confiar ao cérebro de uma mulher a tarefa de administrar duas delas, sem levantar suspeitas aqui na Terra. Nesse momento Deus precisava de um homem pra lhe dar conselhos, pois qualquer um dos que está lendo pode saber que um cérebro é normalmente insuficiente pra administrar a, digamos interessante, mentalidade feminina, mas como os anjos são assexuados, a burrice de Deus passou em branco. Jesus tava muito ocupado atendendo a orações e nem viu o que se passou. Talvez ele pudesse ter ajudado, já que como veio à terra e conheceu Maria, Maria Madalena e outras mais, poderia ter sido útil também.

Decisão tomada, as almas meio que perceberam que iam dividir o mesmo corpo e quase levantaram uma briga. Mas Deus acalmou elas com uma rápida conversa de cooperatividade e mandou logo aquele processo que esconde da alma o que ela lembrava das outras vidas e até mesmo do céu, pra que ela possa nascer denovo sem sair falando pro mundo revelando os mistérios do universo. Elas obviamente esqueceram também que iam dividir o mesmo corpo, então poderiam viver tranquilas sem ter uma crise de identidade, que viria a estragar tudo. Assim começou a vida que levava em sí duas.

Quem acha que está tudo prestes a ser um enorme fracasso ignora o supremacia da criação de Deus, todo poderoso! O que é mais impressionante é que Deus pode até ter usado alguns de seus poderes para fazer seu teste dar certo, mas a experiência foi bem sucedida. É bem verdade que ele prestou muita atenção na vida daquela(s) mulhere(s), e até mesmo suas orações furavam as filas e eram ouvidas prontamente por Deus em pessoa, que era obviamente sábio o suficiente para não atender a todas elas né? Mas nesse contato muito próximo com Deus, aquelas mulheres vieram a ter uma vida iluminada e tranquila, que merece ser relatada brevemente. Isso nos leva à segunda parte dessa estória...

É claro que nem tudo foi maravilhoso nos céus durante essa vida. Deus esteve sempre muito atento estressado, fumando um cigarro atrás do outro, xingando Deus e o mundo! Só pra dar uma idéia dos problemas que ele enfrentou, usando uma imagem que já foi apresentada: uma das almas adquiriu uma ligeira afinidade pelo Cruzeiro, e a outra uma enorme paixão pelo Atlético, e então, já que as duas dividiam o mesmo corpo, pra que lado do campo elas iriam num dia de clássico no Mineirão?

Mas denovo, isso é matéria pra segunda parte da estória...

M.V.A.
30 de setembro de 2007




2 comentários:

Clarissa Viana disse...

ADOREI!
Se voce não der certo como engenheiro de aeronáutica, escreve um livro!!!!
hehehehehehe

Beijos e aproveite a Índia!

Anônimo disse...

Ah menino que está gostando de viajar!!!